Está lá, exatamente assim no diário que mamãe escreveu para mim quando eu tinha 8 anos: “Adora escrever (cartas, bilhetes, poesias). Acho que vai ser escritora”. O que ela enxergava eu demorei trinta anos para ver. Aos nove, ela contou o seguinte: “Ganhou medalha de honra por um trabalho de português – Porque Gosto do Livro”. Então, a profecia se realizou.
Aos trinta e oito anos o impulso de escrever foi arrebatador. Não fiz transição de carreira, planejamento, sequer um mapa astral do novo negócio, eu simplesmente senti que naquele momento da minha vida tudo que eu precisava era uma desculpa para escrever. Nascia a Biografias e Profecias, uma editora de livros que chamo de Joias de Papel, com o slogan de Eternizar Memórias, Inspirar Histórias, voltada a projetos de não-ficção, ou seja, vida real.

Claro que o tema por si já abre uma infinita discussão. Qual o limiar entre o real e o imaginário quando mergulhamos na nossa memória? Para mim, o dilema traz uma enorme oportunidade.

O que importa é a qualidade da imersão e do afinco em resgatarmos nossa história de vida (ou até nosso cotidiano recente) e garimpar as pedrinhas preciosas e reluzentes que ali existem – entre frustrações, dores, conquistas, encontros e até sucessos, daqueles que a sociedade gosta.

Entre o que encontrei na minha história e nas tantas histórias das pessoas com as quais me deparei é que relembrar o passado com propósito higiênico (limpar o guarda-roupa chamado vida) faz com que nós encontremos ali o diamante da criatividade que nos leva a um futuro mais pleno e a um registro mais consciente.

É claro que enquanto eu trabalhava sobre vida dos outros, cuidava da minha. Então, num determinado momento de muita dor e dúvida, a minha salvação não seria nem a escrita, nem a não-ficção, mas a leitura dos contos de fada, em especial, dos Irmãos Grimm. Descobri por minha própria vivência, que os contos são um bálsamo para nossa alma, a promessa de que se nós nos perdermos, sempre haverá uma saída possível para nos reconectarmos com nossa essência.

Desta importante conexão, do autoconhecimento e do poder de estar presente e atento ao que acontece todos os dias ao nosso redor, dos contos e da escrita, nasceu esta oficina que nos provoca a enxergar o lápis como uma varinha de condão.

Convido você a experimentar o poder das histórias, a começar pela sua. Vamos olhar para o passado como ele é, para o futuro que ansiamos. Vamos deixar a cabeça voar bem alto e aterrissar com os pés no chão. Estaremos em boa companhia, conectando as ideias de autores como Clarissa Pínkola Estés, Jean Shinoda Bolen, Joseph Campbell, Rudolf Steiner. Gente que fez (e segue fazendo) diferença na minha existência e atuação.

Venha descobrir quais as palavras que moram nas suas células, no seu cérebro, no seu coração e na força do seu movimento. Quando olhamos para nós com a coragem e disposição de reconhecer quem somos, a escrita nos fará mais livres e apontará novas direções. Assim, encontraremos nosso lugar para viver de verdade, criando e sendo nossa melhor versão – a sós, no trabalho ou nos relacionamentos. Que assim seja, pois há um ditado que diz: “Quando uma pessoa vive de verdade, todos os outros vivem também”.

Regina Rapacci – aconselhadora Biográfica e administradora de empresas

Oficina: E se meu lápis fosse uma varinha de condão?
Data: Sexta-feira, 28 de junho de 2019, das 9h as 12h
Evento na Casa Original, Cosy Workshops. Av. Morumbi, 4858
Ingressos: R$30,00
Valet no local: R$26,50
Inscrições AQUI. Participe!

plugins premium WordPress